(Com a magnífica eternidade dos diamantes... Eugénio de Andrade...SEMPRE!)
Ao desejo, à
sombra aguda
do desejo, eu me
abandono.
Meu ramo de coral,
meu areal, meu
barco de oiro, eu
me abandono.
Minha pedra de orvalho,
meu amor, meu punhal,
eu me abandono.
Minha lua queimada.
violada, colhe-me,
recolhe-me: eu me
abandono.
14.12.05
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