4.6.06
Desespero
Não eram meus os olhos que te olharam*Nem este corpo exausto que despi*Nem os lábios sedentos que poisaram*No mais secreto do que existe em ti*Não eram meus os dedos que tocaram*Tua falsa beleza, em que não vi*Mais que os vícios que um dia me geraram*E me perseguem desde que nasci*Não fui eu que te quis*E não sou eu*Que hoje te aspiro e embalo e gemo e canto*Possesso desta raiva que me deu*A grande solidão que de ti espero*A voz com que te chamo é o desencanto*E o espermen que te dou, o desespero. ****
José Carlos Ary dos Santos
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2 comentários:
I say briefly: Best! Useful information. Good job guys.
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stop fooling me!
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