nenhuma luz nos avisou
muros de silêncio derrubados
(pela vileza de uma voz
que afinal nos aproximou!)
agora sonhamos dois
estou permanentemente nos teus lábios e já chamo meus os teus olhos,
verdes de tanto te esperar
(posso permanecer no teu abraço?)
perdi-me ao entrar em ti e agora sou como tu:
procuro nos livros cujo mistério fica ao virar da página
(nunca viste nisto sinais de perigo?)
entro
abro-te os braços e também tu entras em mim, doce e sereno
pode fazer-se noite
pois é no brilho das estrelas mais tardias que passeamos de olhos nos olhos,
nos abraçamos
e somos
UM
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