21.8.07

meu amor

Um olhar de outono,
uma voz de estio,
um toque de canela
numa pele de algodão.


Deixaste-me


Era assim que eu te via,
sereno ar
das madrugadas
sem sono.




(autor... esquecido!)

7.8.07

Branco




Veio o silêncio espesso
cobrir o tempo do cheiro a frézias.

Não me chamas.
Tenho na minha pele
apenas um fio da tua boca.

Eu sempre acreditei no teu perfume,
sempre me escondi na tua sombra,
sempre suspirei pelo contraste do teu perfil.

Agora
hoje
só sinto a brancura fria dos meus sonhos.

Há silêncio
e eco apenas meu...
...apenas...

Hoje
é o dia de te encontrar
e tu vais ter um novo rosto.

Sinto tudo o que me disserem
mas são os teus olhos que me acendem,
os teus dedos que me apertam a cintura,
o teu calor denso e único,
o meu!
Pode ser que um dia...
Agora,
adivinho muros
e silêncio
onde estou morta
e seca de paixão...

(fazes-me falta!)

Volta,
antes que seja tarde!