7.8.07

Branco




Veio o silêncio espesso
cobrir o tempo do cheiro a frézias.

Não me chamas.
Tenho na minha pele
apenas um fio da tua boca.

Eu sempre acreditei no teu perfume,
sempre me escondi na tua sombra,
sempre suspirei pelo contraste do teu perfil.

Agora
hoje
só sinto a brancura fria dos meus sonhos.

Há silêncio
e eco apenas meu...
...apenas...

Hoje
é o dia de te encontrar
e tu vais ter um novo rosto.

Sinto tudo o que me disserem
mas são os teus olhos que me acendem,
os teus dedos que me apertam a cintura,
o teu calor denso e único,
o meu!
Pode ser que um dia...
Agora,
adivinho muros
e silêncio
onde estou morta
e seca de paixão...

(fazes-me falta!)

Volta,
antes que seja tarde!

3 comentários:

calbertoramos disse...

"De volta ao aconchego" ( lembra nome de cantiga brasileira...) de palavras ditas coma a voz da alma - digo eu.

Anónimo disse...

Quando a alma vence as resistências e se faz ouvir...o que diz coloca-nos sempre no dilema se o que ouvimos é sonho se desilusão quartada por este...
Resta-me, pois, seguir-te para tentar saber se é possível a minha ser amiga da tua...

Skin disse...

As tuas palavras continuam a ser doces e tocantes...

Beijo com saudade
(tu sabes de kem...)