28.12.06



(Alberto Caeiro )
XXIX - Nem Sempre Sou Igual
Nem sempre sou igual no que digo e escrevo.
Mudo, mas não mudo muito.
A cor das flores não é a mesma ao sol
De que quando uma nuvem passa
Ou quando entra a noite
E as flores são cor da sombra.
Mas quem olha bem vê que são as mesmas flores.
Por isso quando pareço não concordar comigo,
Reparem bem para mim:
Se estava virado para a direita,
Voltei-me agora para a esquerda,
Mas sou sempre eu, assente sobre os mesmos pés —
O mesmo sempre, graças ao céu e à terra
E aos meus olhos e ouvidos atentos
E à minha clara simplicidade de alma ...

1 comentário:

Anónimo disse...

Sei k a boa disposição ou a sua ausência são estados de alma...
Bem sei k a noite nos traz os sentimentos mais estranhos...
Almas nocturnas em corpos errantes...
Nem todos o sentem... poucos são os k desfrutam...
A ti kero dizer...
Admiro-te como és... desfruto do k me transmites...
Sabes kem sou apesar das nuvens k permanecem no meu luar...
A tua presença sempre será um raio de luz nas noites mais sombrias...
Beijo
Assino... Pedro Skin