18.9.06

como um abraço... (contra...senso...)




nenhuma luz nos avisou

muros de silêncio derrubados
(pela vileza de uma voz
que afinal nos aproximou!)

agora sonhamos dois

estou permanentemente nos teus lábios e já chamo meus os teus olhos,

verdes de tanto te esperar

(posso permanecer no teu abraço?)

perdi-me ao entrar em ti e agora sou como tu:

procuro nos livros cujo mistério fica ao virar da página
(nunca viste nisto sinais de perigo?)

entro

abro-te os braços e também tu entras em mim, doce e sereno

pode fazer-se noite
pois é no brilho das estrelas mais tardias que passeamos de olhos nos olhos,
nos abraçamos
e somos
UM

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